Porque a vida que levamos faz isso com a gente!

11.04.2005

Amor baderno

Sinto no amargo da boca
o gosto dos amores passados.
Rompidos por puros prazeres,
por puros fracssos.

Vejo nos olhos das moças
a dor das paixões incendiárias
arrebatadoras, caminhantes,
revolucionárias.

Que cada um busque
se apaixonar
Que cada um encontre
a força de se saciar
no átimo falho do orgasmo quente.

11.03.2005

Já que a onda é poesia, um pouco de Leminsky

no campo
em casa
no palácio
está nas últimas
a última flor do lácio

cretino
beócio
palhaço
dê o último adeus
a última flor do lácio

a fogo
a laço
ninguém segura
a queda da última flor do lácio


XXX


apagar-me
diluir-me
desmanchar-me
até que depois
de mim
de nós
de tudo
não reste mais
que o charme


XXX

parem
eu confesso
sou poeta

cada manhã que nasce
me nasce
uma rosa na face

parem
eu confesso
sou poeta

só meu amor é meu deus

eu sou o seu profeta

XXX

E chega por hoje...

Amor moderno

Cada beijo dado,
Um amor perdido.
Para cada trepada,
um coração partido.
Que se revoltem no escuro
com vontade do ar puro
cada uma das musas caídas.

Poesia para maiores que eu

Um auto revolucionário
Um ato insubordinado
No átimo apaixonado
Larga as armas
E beija a boca

Às coxas, o tato
que faz rubras as moças,
que cedem tímidas,
com arrepios na espinha,
ao convite da cama.

De tudo que a mente embota
resta os sentidos que entortam
a ética mais profunda,
que se rende ,inefável,
ao convite daquele que seduz.