Porque a vida que levamos faz isso com a gente!

5.17.2005

A volta do Cavaleiro sem cabeça

Após um longo inverno retorno a este depositário de ídéias, este sotão de letras que não encontram utilidade em lugar nenhum.

Minha vida anda um tanto qto agitada, porém não é nada que seja digno de se relatar em um lugar que não se pretende levar à sério.

Muitos caminhos, perspectivas, ansiedades e experiências. Quase todos não percorridos, não observados, não saciados e mal experimentados. O dia é muito curto e os segundos muito ágeis. Se não perco a cabeça com o tempo excedente, perco com o tempo que me falta. Enfim, muito lerolero e pouca ação.

No meu emaranhado profisional, pessoinhas se misturam a pessoas da melhor qualidade, num estranho mosaico de ilusões e verdades cruas, infelizmente nem sempre nuas. O tédio impera mesmo quando a mesa está cheia de trabalho e a cabeça cheia de idéias. Perspectivas não faltam, falta ação, oportunidade e portas, de preferências abertas porque meu nariz já cansou de levar porrada.

Turbilhões, vagalhões, vagabundos e produções povoam uma mente fadada à queda, que se norteia pelo leste, ou melhor, sendo assim, se lesteia buscando um porto, um travesseiro, um abismo para olhar, daqueles que te olham de volta.

Uma vez que a queda já não mais assusta e que a ascensão não é mais critério, resta o vazio da mente e a multidão do sono, para que, no final, a cabeça descanse na cesta, ou na sexta, ou na sesta.

No caminho da gulhotina o fraco se lamenta, o forte reza para que esteja lubrificada. Detesta trabalho mal feito!!!